terça-feira, 3 de setembro de 2013

Uma faísca.

Pessoas são realmente uma coisa engraçada né. A gente passa por cada barra, sofre, chora, se descabela. Passam-se os anos e nos convencemos que passou, que superamos. Que estamos prontas pra outra. Daí que surge uma pessoa, você reconhece que essa pessoa te faz bem, namora, gosta, até ama... mas percebe que não com aquela intensidade que você sabe que é capaz. Termina, se sente bem em estar sozinho. Ok! Eis que surge uma outra pessoa, e faz você sentir borboletas no estômago. Aí, você lembra que quando sofreu e se descabelou por outrem há anos atras, no início era exatamente assim... um carinho gostoso, um sentimento de conforto, a sensação de que achou a tampa da panela. Sente borboletas no estômago toda vez que aquela janela do bate-papo abre, e quando está junto esquece todo o resto. Lembra que palavras lindas foram ditas, que preocupações foram demonstradas... exatamente como atualmente vem acontecendo. Nesse momento você percebe que o medo se encontra ainda em você. Que depois de anos, você ainda tem aquela mágoa, aquele trauma, aquela dor. Não por ainda ter sentimento, sabe? Mas, por ainda ter medo de amar. Sim, medo de amar! Medo de ser amada. Ainda acha que todas as pessoas são iguais e que você irá sofrer como antes. Onde fica a parte do "eu superei!",  a parte do "estar pronta pra outra"?!

É, eu percebo o quanto eu tenho medo de amar. Eu percebo o quanto isso tudo me assusta, o fato de eu me entregar pra alguém me deixa desesperada! Isso aconteceu comigo uma vez na vida, e foi quando eu mais quebrei o coração. Me tornei uma pessoa tão medrosa, tão descrente... E eu só percebo isso agora, que estou de cara com uma situação complicadíssima (ao meu ver). Ao mesmo tempo que eu quero me entregar e confiar que é isso que precisa ser feito, outra parte de mim me puxa pra trás e me faz lembrar do quando eu sofri, e que eu posso estar buscando o mesmo sofrimento de antes.
Complicado né? Você perceber que não superou nada, que ainda sente o mesmo medo do amor. Complicadíssimo quando você percebe que, pela segunda vez na sua vida, você pode estar se entregando de corpo e alma pra alguém. Mais complicado ainda é quando você não tem boas experiências nesse quesito.
O que fazer pra você e seu sub-consciente entenderem que ninguém é igual e que todo mundo, inclusive você, precisa de uma nova chance de ser feliz?! Eu não sei o que fazer, qual decisão tomar... Por enquanto, eu to deixando o tempo fazer o seu papel. Mas sabe o que é pior?! A vida, o vento, as circunstâncias estão todas me levando para aquele "lar"...


"Sabe aquele pote de feijão que você achou que era sorvete? O amor é mais ou menos isso." - Soulstripper.

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